Sunday, August 10, 2008

Jacek Yerka

Jacek Yerka, é um surrealista polaco conhecido pelas suas paisajens fantásticas... é o pintor dos sonhos !

Nasceu em 1952, numa pequena cidade do norte da Polónia.

Yerka combina cores mágicas, paisajens, lugares da sua infância, objectos quotidianos, e seres fantásticos.
Yerka leva-nos ao sonho, ao assombro, à fascinação, a ilhas imaginárias.

Oriundo de uma família virada para as artes - ambos os pais frequentaram a Academia de Belas Artes - toda a sua infância esteve rodeado de materiais que cativaram a sua atenção para o desenho e pintura.
As suas primeiras memórias de infância são unicamente esboços, cheiro de pinturas, tinta, papel e pincéis.
Mesmo antes de tornar oficial o legado de seus pais e enveredar por uma carreira na Academia, Yerka trilhou o seu caminho como um autodidacta.
Influenciado pelos seus pais e pelas correntes modernas da pintura, desde o impressionista ao abstracto.
Apesar das influências, as grandes fontes de inspiração de Yerka continuariam sempre a ser as lembranças de infância - os lugares, sentimentos, fragrâncias e as técnicas dos anos 50 - juntamente com uma imaginação que cedo se mostrou ter uma forte personalidade.


































Tuesday, August 5, 2008

“A ESCOLHA DO SEU PAR”



Há trinta anos, os adolescentes encontravam o sexo oposto em bailes de salão organizados por clubes, igrejas ou pais responsáveis, preocupados com o sucesso reprodutivo de seus filhos.



Na dança de salão, o homem tem uma série de obrigações, como cuidar da mulher, planear o rumo, variar os passos, segurar com firmeza e orientar delicadamente o corpo de uma mulher.



Os homens levam três vezes mais tempo para aprender a dançar do que as mulheres. Não é que eles sejam menos inteligentes, mas porque têm muito mais funções a executar.



Essa sobrecarga em cima do homem permite à mulher avaliar rápidamente a inteligência do seu par, a sua capacidade de planeamento, a sua reacção em situações de stress. A mulher só precisa de o acompanhar. Ela pode dedicar o seu tempo exclusivamente à tarefa de avaliação do homem.



Uma mulher precisa de muito mais informações do que um homem para se apaixonar e a dança permitia-lhe avaliar o homem na delicadeza do trato, na firmeza da condução, no carinho do toque, no companheirismo e no significado que ele dava ao seu par.




Ela podia analisar como o homem lidava com o fracasso, quando inadvertidamente dava uma pisadela. Podia ver como é que ele se desculpava, se é que se desculpava, ou se era do tipo que culpava os outros.



As mulheres faziam um verdadeiro teste psicológico, físico e social de um futuro marido e obtinham o que poucos testes psicológicos revelam.
Essa convenção social permitia ao sexo feminino avaliar, numa única noite, vinte rapazes entre os 500 presentes num grande baile.



Em poucos minutos, conseguiam ter uma primeira noção de inteligência, criatividade, coordenação, tato, carinho, cooperação, paciência, perseverança e liderança de um futuro par.



Infelizmente, perdemos esse costume porque se começou a considerar a dança de salão uma submissão da mulher ao poder do homem, porque era o homem quem convidava e conduzia a mulher.



Criaram o disco dancing, em que homem e mulher dançam separados; o homem já não conduz, nem sequer toca no corpo da mulher. O som é tão elevado que nem dá para conversar; os usuais 130 decibéis nem permitem algum tipo de interação entre os sexos.




Por isso, os jovens criaram o costume de "ficar", o que permite a uma rapariga conhecer, pelo menos, um homem por noite sem compromisso, em vez de conhecer vinte rapazes numa noite, também sem compromissos maiores.




Hoje o primeiro contato de facto de um rapaz com o corpo de uma mulher é no acto sexual o que no início pode ser um desastre. Acabam muitas vezes por fazer sexo mecânicamente, em vez de românticamente.



Grandes dançarinos são grandes amantes e não é por coincidência que as mulheres adoram homens que realmente sabem dançar, apaixonando-se facilmente por eles.



Masculinizamos as mulheres no disco dancing, em vez de tornar os homens mais sensíveis, carinhosos e preocupados com a forma como tratar o corpo da mulher. Não é por acaso que aumentou a violência no mundo, especialmente a violência contra as mulheres.



Não é à toa que perdemos o romantismo, o companheirismo e a cooperação entre os sexos. Hoje, uma rapariga ou um rapaz têm de escolher o seu par num grupo muito restrito de pretendentes e com pouca informação de ambas as partes, ao contrário de antigamente.



Os homens não se tornam monstros nem as mulheres passam a comportar-se mal depois de casados. As pessoas mudam muito pouco ao longo da vida; na realidade continuam a ser o que eram antes de se casar. Nós é que não percebemos, ou não sabemos avaliar, porque perdemos os mecanismos de selecção a partir de um grupo enorme de possíveis candidatos.



É de notar a volta da dança de salão, das aulas de forró, tango e bolero, em que novamente os dois sexos dançam juntos, colados e em harmonia.



Entre o olhar interessado e o "ficar" descomprometido, eliminamos, infelizmente, uma importante etapa social, que era dançar, costume de todos os povos desde o início dos tempos.



Se você for mãe de um filho, ajude a reintroduzir a dança de salão nos clubes, nas festas e nas igrejas, para que os homens aprendam a lidar com carinho com o corpo de uma mulher.



Se você for mãe de uma filha, devolva-lhe a oportunidade que seus pais lhe deram, em vez de deixar sua filha surda, casada com um brutamontes, confuso e insensível idiota.



“A educação pode tudo: ela faz dançar os ursos.”
Leibniz